As Paredes do Mayombe

Sou o tambor que vos guia no improviso
A morte esquiva, alegria sem juízo
Sou chuva que descamba sem aviso
Sem quando e sem onde,
sou o eco nas paredes do Mayombe. 

Sou o sul quieto das areias,  
O voo rasteiro do vento nas palmeiras,
Sou a voz, a razão o canto que o passado esconde,
Sem quando e sem onde,
sou o eco nas paredes do Mayombe.

Sou a solidão de um velho mucubal,
a promessa do planalto central,
a força de um verso de esperança,
a dança que liberta, eu sou a dança,
carapinha dura na raíz do pensamento,
sou fuga de um rio em movimento.


Letra e Música: Aline Frazão

Álbum: Movimento (2013)